A carência vem desde a infância. A criança aprende a amar a si mesma a partir do amor que ela recebe dos pais e adultos próximos. Para a criança desenvolver bem a sua autoestima, ela precisa receber amor na forma de carinho, atenção, elogio e proteção de forma suficiente e adequada.
Sofremos um grande impacto na autoestima quando não recebemos o afeto, carinho e aceitação de forma equilibrada na infância. Passamos a duvidar do nosso valor e merecimento.
Ficamos apegados ao fato de que para receber alguma atenção familiar ou de amigos precisamos agradar e deixarmos de ser quem poderíamos ser para ser quem os outros acreditam ser socialmente aceitável.
Nos relacionamos através de uma “moeda de troca” fazendo aquilo que muitas vezes vai contra a natureza da nossa essência. Essa frustração cresce na medida em que esse ciclo se transforma num vazio existencial.
O que acontece nesse caso? Um dia nos tornamos adultos carentes e imaturos emocionalmente e sofremos com as respostas da vida.
Qual é a tendência desse cenário?
Você irá reproduzir os mesmos padrões com filhos e jogando toda essa carência como expectativa nos relacionamentos. Acaba criando mais situações semelhantes para a sua vida.
Isso acontece porque não somos estimulados a nos amar e nos aceitar, a preencher essa carência com nosso amor próprio, a buscar pelo autoconhecimento (quem sou eu?).
A imaturidade emocional não sabe lidar com rejeições e possivelmente adota uma postura de vitimismo para justificar sua história. Em seguida atrai pessoas que se identificam com você por também ter passado por situações semelhantes.
Os gatilhos emocionais ficam armazenados no inconsciente. Muitas situações vão acionar a criança ferida que você ainda guarda e a sua reação emocional pode ser intensa.
Observe as cenas e lembranças do seu passado. O quanto das suas ações hoje são baseadas nos eventos que a sua criança interior ferida teve? O que você sente? Essa é uma forma de você identificar momentos da criança ferida que você ainda carrega.
Então cria uma identidade de que ela não tem sorte com seus relacionamentos, que algo está errado com ela. Isso é uma crença limitante.
Quanto maior a carência, menor a autoestima e mais a pessoa terá tendência a buscar conforto em outras pessoas e relacionamentos, tornando-se dependente emocionalmente. A pessoa só consegue se sentir em paz, feliz e completa quando está se relacionando.
Preciso enfatizar que isso tudo não existe culpados. Os pais também passaram pelas mesmas situações e reproduziram o mesmo comportamento.
A diferença é que hoje temos mais acesso a informação, ao conhecimento e não precisamos ficar nos julgando os fatos, podemos e devemos fazer algo por nós mesmos.
Talvez você dê muito peso para o trauma e se sinta preso no ciclo do sofrimento. Existe técnicas para neutralizar traumas muito eficientes como a EFT que aplico em meus clientes.
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Reconquistar a si mesmo é curar esses sentimentos de abandono, rejeição, decepção e fracasso do histórico emocional. Aprender a se amar, se aceitar e entender que tudo pode ser mudado, reprogramado e você não está fadado ao abandono de si mesmo.